Palácio onde exerceu a Presidência Salvador Alende, eleito pelo povo e onde foi morto. (palácio de La Moneda)
Render da guarda em 2012.
Os sinos que Pablo Neruda tocava, assinalando a sua chegada a casa...
Lugar onde foi enterrado passado anos da sua morte...
Encontro com o poeta
Ao entrar na casa museu Pablo Neruda, na Isla Negra, a minha memória é assaltada por pesadelos e dores antigas.
"Chove em Santiago" e choveu durante dias, meses e anos. Não vou falar dessas dores, vou falar de hoje, do que
senti quando visitei a sua "Casa Museu".
Confesso que estou vivendo uma emoção muito forte ao entrar neste espaço. Venham comigo...
Casa pequena quando a comprou em 1938, "...Foi crescendo, como as pessoas as árvores...", tinha a seus pés o "oceano pacífico, não cabendo no mapa, por ser tão desordenado e azul, e não havendo espaço para ele o puseram em frente à janela de sua casa".
A decoração evoca o mar, a terra, onde nasceu, a amizade, o espaço para estar com os amigos, a cozinha (espaço quase secreto donde saíam os argumentos que cultivavam os afectos à mesa), os bordados feitos pelas mulheres de Las Gaviotas, rebaptizado de Isla Negra pelo poeta e ainda a colecção de conchas. Os sinos existentes no jardim que ele tocava avisando os vizinhos .da sua chegada.
Em Temuco, cidade onde passou a infância, havia uma loja de arreios que tinha um cavalo de tamanho real. Neruda, com 6 anos dizia ao dono: "Quero comprar o cavalo". Muitos anos depois, sabendo das vicissitudes da loja e do dono adquiri-o, realizando o sonho de infância. Todo o ser humano que não mata a criança que há em si, como ele fez, é especial.
Poeta que escreve odes ao congros, alcachofra e ao vinho, é um ser humano de excepção, narrando as coisas simples
e belas da vida, essas sim, geradoras de felicidade.
Neste espaço de tempo que privei com o poeta, emocionei-me e senti-me criança, porque hoje já não "Chove em Santiago"
Así cada mañana
De mi vida
Traigo del sueño
Otro sueño
PABLO NERUDA
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