A subida ao Uhuru Peak ponto mais alto do Kelimanjaro/TANZANIA foi uma das grandes aventuras da minha vida com 64 anos. Deixou-me outras mágoas, que ficaram na minha memória.
Antes de entrar no espaço onde nos registámos para a subida ao teto de África, havia um amontoado de muitas pessoas (centenas?) oferecendo-se para nos acompanharem e carregando alguns dos nossos pertences. Tendo já sido organizada essa logística, declinámos as ofertas apesar da insistência e persistência, cunhada pela sobrevivência, abalou-me! Viajar é também tomar consciência da injustiça, oportunismo e ganância.
A subida e a descida totalizaram 8 dias, se a memória não me atraiçoa.
Os carregadores levavam pesos consideráveis, forma de ganhar mais dinheiro. Assim não carregavam nem comida nem bebida (não generalizo mas esta foi a minha experiência). Numa subida bastante íngreme, sempre com um precipício mais perigoso, um carregador vacilou com o peso dando-lhe eu um encontrão para evitar o desastre. Este homem estava desidratado e com fome. Partilhei com ele a minha água e comida, ficou muito grato e quis levar-me a mochila. A gratidão, sentimento tão belo e para muitos inexistente. Agradeci mas recusei. Não podia tomar outra atitude.
Durante estes dias trocando impressões e falando com os vários carregadores, apesar das limitações de comunicação, cheguei a uma conclusão; os carregadores, grupo menos protegido, tinham uma situação menos razoável que os guias e cozinheiros.
O chefe do grupo, mais os cozinheiros e guias, estavam defendidos. O organizador da viagem, Fernando Brioso, resolveu salvaguardar as hierarquias e não dar o dinheiro na totalidade ao chefe de grupo como este queria. Muitos carregadores queixavam-se do seu trabalho não ser retribuído. O chefe indignado disse-nos que a partir desse momento, não teria qualquer responsabilidade do que pudesse acontecer, "deram-lhes o dinheiro agora amanhem-se!"
Não tivemos qualquer problema e na última noite juntos fizeram uma festa, dançámos todos. Convivemos felizes na tribo humana desejando bem estar, harmonia, justiça e respeito. Fiquei muito feliz apesar dos maus momentos. A VIDA VALE A PENA SER VIVIDA... A FELICIDADE ESTÁ EM COISAS TÃO PEQUENINAS MAS COM UMA GRANDEZA DE ALMA E CORAÇÃO
Povo Massai dividido pela fronteira Quénia/Tanzania. Negociata entre primos?
Idem...
Estado selvagem de animais e humanos...
Zanzibar...
Mergulhando e fotografando em Zanzibar
A temperatura da água era tal! O desfrutar dum banho no mar era sentido ao nascer do Sol...
Cacau, destas sementes tratadas temos o chocolate tão apreciado...
Aspectos da vida em Zanzibar...
Idem
A partilha e vivência destas experiências com consciência é outra coisa. Abraco.